A pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Margareth Dalcolmo foi eleita na noite da quinta-feira, 11, para a cadeira número 12 da Academia Nacional de Medicina (ANM). Ela recebeu 69 votos dos 80 membros da ANM que participaram do processo de escolha.
O ocupante anterior da cadeira era o médico pediatra Azor José de Lima, que foi professor-emérito da UniRio. Ele morreu em agosto de 2020.
A Academia é constituída de membros votantes titulares e eméritos. Eles ocupam cem cadeiras, havendo ainda membros honorários nacionais, internacionais e correspondentes.
Conhecida por centenas de participações nas emissoras de TV e rádio e nos jornais nos últimos dois anos, período em que esclareceu dúvidas e informou sobre a pandemia de covid-19, Margareth Dalcomo é a quinta mulher a se tornar membro da ANM.
Dona de uma sólida carreira acadêmica, é hoje considerada uma referência nacional na medicina e na ciência.
Doutora em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dalcolmo é pesquisadora sênior da Fiocruz e foi eleita presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o período de 2022 a 2024.
A pneumologista integra as sociedades brasileiras de Pneumologia e Tisiologia e de Infectologia, a REDE TB de Pesquisa em Tuberculose e o Steering Committee do Grupo RESIST TB da Boston Medical School.
Dalcomo faz parte ainda do Grupo de Peritos para aprovação de medicamentos essenciais (Expert Group for Essential Medicines List) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse grupo, foi reconduzida em mandato que irá até 2026.
Também é do Regional Advisory Committee do Banco Mundial para projetos de saúde na África Subsaariana em tuberculose e doenças respiratórias ocupacionais. Tem mais de 100 artigos científicos publicados no Brasil e no exterior.
Fundada no Rio de Janeiro sob o reinado do imperador Dom Pedro I, em 30 de junho de 1829, a ANM mudou de nome duas vezes. Mas mantém inalterado o seu objetivo: contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento das práticas da medicina, cirurgia, saúde pública e ciências afins. Também deve servir como órgão de consulta do governo brasileiro sobre questões de saúde e de educação médica.
Desde a fundação da ANM, seus membros se reúnem toda quinta-feira, às 18 horas. É quando discutem assuntos médicos da atualidade, numa sessão aberta ao público.
Essa reunião faz da Academia Nacional de Medicina a mais antiga e única entidade científica dedicada à saúde a reunir-se regular e ininterruptamente.
A Academia também promove congressos nacionais e internacionais, cursos de extensão e atualização. Anualmente, distribui prêmios para médicos e pesquisadores não pertencentes aos seus quadros.