O líder da oposição no Quênia, Raila Odinga, não aceitou o resultado das eleições presidenciais, anunciado na segunda-feira, que deu a vitória ao atual vice-presidente William Ruto. Em meio a acusações de fraude, feitas pela maioria dos comissários eleitorais, Odinga afirmou ontem que buscará "todas as opções legais" para anular o resultado.
As declarações ampliam o cenário de incertezas. Segundo o opositor, o resultado foi "uma farsa e um desrespeito flagrante à Constituição e às leis do Quênia e deve ser anulado por um tribunal".
Se Odinga judicializar o resultado no prazo legal de uma semana, a eleição do Quênia deve ser resolvida na Suprema Corte – o que pode resultar em uma nova disputa. Líderes religiosos e políticos pediram calma em razão do histórico de violência pós-eleitoral do país.
<b>Impasse</b>
O resultado das eleições apresentou uma vitória apertada de Ruto, por 50,5% dos votos ante 48,9% de Odinga. Rapidamente, o vice-presidente se moveu para se consolidar como presidente eleito, discursando e fazendo apelos por unidade nacional. Ruto diz que recebeu telefonemas de congratulações de líderes de outras nações africanas. (Com agências internacionais).
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>