O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, chamou o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição e seu maior adversário na disputa pelo Palácio do Planalto, de "tralha". "Esse país está pronto, é só tirar aquela tralha", afirmou o petista em evento com pequenos e médios empresários em São Paulo. "Bolsonaro é o que é porque pensa que existe só verde e amarelo, não sabe que tem o vermelho", acrescentou, em referência ao chefe do Executivo.
A reunião com empresários simpáticos à candidatura de Lula foi o berço da "tão sonhada revolução" do setor, de acordo com o petista. Ele também defendeu a união com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), seu vice que era um adversário político histórico. "A nossa volta e o casamento entre mim e Alckmin é para fazer o que esse país precisa que seja feito. Esse país tem que voltar a aquecer, a gerar emprego", afirmou o ex-presidente. "Vocês vão ter dois caras que gostam de conversar", seguiu, em aceno ao diálogo com o setor.
Antes de Lula, 12 empresários discursaram no evento com fortes críticas à política econômica do presidente Jair Bolsonaro. "Eu faço parte dessa estatística de empreendimentos endividados. Não somos ruins em empreender, a questão é que o atual Presidente da República é nosso maior inimigo", declarou a proprietária do restaurante Canto Madalena, Tita Dias.
Ela assumiu, porém, que tomou crédito do Pronampe, programa criado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para apoiar as PMEs na pandemia. "Eu só estou viva porque peguei o Pronampe. Mas hoje virou tormenta, é um pesadelo, motivo de fechar o meu negócio. Porque a Selic disparou", declarou.