No rol de propostas para a segurança pública, o candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, defendeu um investimento maior em ações de investigação e não no "policiamento ostensivo", que, segundo ele, "faz parte do imaginário do que é a segurança pública".
Ao avaliar que uma presença maior de policiais nas ruas pode trazer uma sensação de segurança em determinados bairros – e criar atritos nas periferias -, Haddad disse que um ativo maior não resolve os problemas da cidade.
Como exemplo, o ex-prefeito da capital paulista citou o problema do roubo de celulares na cidade. "Se você não investigar as quadrilhas de receptação, você não vai acabar com o problema", disse. "Se a Polícia Civil não tiver investigadores, se a Polícia Civil não tiver equipamento, não tiver um órgão de inteligência, ela não vai chegar na quadrilha que alicia jovens para fazer o trabalho no chão da cidade", completou durante sabatina promovida pelo <b>Estadão</b> em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).
<b>Transição ecológica</b>
Em aceno a Marina Silva (Rede), Haddad, afirmou que a transição ecológica está "no alto das nossas prioridades" para a gestão do governo. Segundo o petista, com ajuda da ex-ministra do Meio Ambiente é possível fazer uma "transformação grande do parque industrial paulista, e aproveitar a crise da desestruturalização para reindustrializar direito".
"Querem vender a tese de que a gente precisa devastar o planeta para fazer a economia crescer. Vamos crescer, vamos gerar emprego, mas da maneira correta", disse o petista durante a sabatina. Marina, que é candidata à Câmara Federal pelo Estado, e que já declarou apoio à candidatura de Haddad, esteve presente no evento desta sexta-feira.