Estadão

Polícia prende atirador suspeito de fornecer armas a organização criminosa

A Polícia Civil prendeu dois jovens, de 24 e 28 anos, na tarde da última quinta-feira, 18, pela venda de armas e munição a uma organização criminosa. Eles foram detidos em flagrante no acesso para a rodovia Anhanguera, altura do bairro Jaguara, na zona oeste da capital paulista.

A ação foi comandada por policiais do 33º Distrito Policial (Pirituba), que apreenderam cerca de 700 munições com a dupla. Durante as investigações, eles localizaram um veículo suspeito de fazer o transporte das armas para a organização criminosa.

A princípio, um dos jovens se identificou como portador do registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), que autoriza a compra de armas de fogo. No entanto, ele ficou nervoso ao ser questionado pelos agentes da polícia e confessou a venda de munições e armas de fogo para uma organização criminosa.

Além dos cerca de 700 projéteis de fuzil, foram encontrados também um carregador de pistola, um colete balístico e uma pistola calibre 9 milímetros. O material foi apreendido pela Polícia Civil e o caso foi registrado como porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Como mostrou o <b>Estadão</b>, graças à política que facilitou a aquisição de armas do governo do presidente Jair Bolsonaro, o total de CACs registrados no país saltou de 117.467 em 2018 para 673.818 este ano. O número é superior ao de policiais militares da ativa que atuam no Brasil, que são 406 mil, e supera o efetivo das Forças Armadas, de 360 mil soldados.

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