Sebastiana Paschoal, conhecida como Nenê no asilo em que mora, na Vila Augusta, comemora 103 anos de idade nesta quarta-feira, 7/9. Em 18 de abril de 2020, a idosa recebeu alta no 3CGru, hospital de campanha construído no Cecap. Na ocasião, ela foi considerada a mulher mais velha do Brasil a superar a doença.
Nenê foi registrada na cidade Jataí, em Goiás, em 7 de setembro 1922, data na qual o Brasil comemorava o centenário da Independência. Ela, no entanto, garante que nasceu três anos antes, em 1920, o que a tornou, ao lado do ex-integrante da Força Aérea, Ernando Piveta, a pessoa mais idosa a ser curada de coronavírus no Brasil.
A ida de dona Nenê para casa, aliás, foi marcada por muita emoção. A senhorinha agradeceu a presença de dezenas de pessoas que foram acompanhá-la e fez a prece da “Ave Maria”.
Quase 30 meses após o dia da alta, Sebastiana não perdeu os velhos hábitos – sobretudo o de tricotar – e continua esbanjando simpatia e sensatez já rotineiras. Ela é visitada na casa de repouso em que mora pelos netos, bisnetos e pela filha, de 77 anos. Claudia Andreia da Silva Bueno, proprietária do local, enfermeira de formação e uma das cuidadoras que amparam a idosa, conta ao GuarulhosWeb que, apesar da diferença do tempo, Sebastiana continua muito bem. “Ela está respondendo, está bem. Continua com o mesmo quadro”, comemora a profissional.
A superação da Covid-19 não foi a única enfrentada pela mulher, que também observou já adulta a Segunda Guerra Mundial e, quando bebê, teve a gripe espanhola. Inclusive, viu os corpos dos seus avós, italianos, jogados ao mar após o óbito pela doença.