As bolsas de Nova York encerraram uma sequência de perdas e fecharam com sólidos ganhos nesta quarta-feira, 7, à medida que o tombo do petróleo e avaliações do Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) amenizaram preocupações sobre inflação.
No ajuste de fechamento, o índice Dow Jones subiu 1,40%, a 31.581,28 pontos; o S&P 500 avançou 1,83%, a 3.979,87 pontos; e o Nasdaq ganhou 2,14%, a 11.791,90 pontos. A ação da Apple aumentou 0,93%, após a empresa anunciar o lançamento do iPhone 14.
No início do dia, o clima nos mercados globais era de cautela, depois que dados econômicos na China reforçaram os temores de uma recessão global. As exportações do país cresceram 7,1% na comparação anual de agosto, bem menos que a alta de 18% em julho, segundo informaram autoridades locais hoje.
Os indicadores pressionaram os preços do petróleo, que recuaram aos menores níveis desde o início do ano. Como a escalada das commodities energéticas está entre os principais vilões do quadro inflacionário global, a desvalorização do petróleo tende a promover alívio nos preços.
Nesse clima, Wall Street deixou a aversão ao risco para trás e abriu no azul. Os ganhos se intensificaram após a divulgação do Livro Bege, que destacou que a inflação segue elevada nos EUA, mas que nove dos 12 distritos do país relataram algum nível de moderação no ritmo de aumento dos preços.
O ambiente ameno se manteve nos mercados acionários mesmo após comentários hawkish de dirigentes do Fed. A presidente da distrital do Fed em Cleveland, Loretta Mester, disse hoje que a instituição terá que elevar os juros "acima de 4%" em 2023 e "mantê-los lá". A vice-presidente do Fed, Lael Brainard, e o líder da distrital de Dallas, Michael Barr, também defenderam continuação do aperto monetário.