A coligação que apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) direito de resposta à propaganda de Jair Bolsonaro (PL) que associa Lula à defesa da criminalidade, conforme antecipou ontem o <b>Broadcast Político</b>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O processo foi aberto nesta terça-feira, 6.
A propaganda, exibida no horário eleitoral gratuito na terça, mostra o corte de uma fala de Lula que diz: "Eu não aguento mais jovem de 14, 15 anos sendo assassinado, violentado pela polícia, às vezes inocente ou às vezes porque roubou um celular". Na fala original, depois do corte feito para a propaganda, Lula diz: "Se as pessoas tiverem onde trabalhar, se as pessoas tiverem salário, se as pessoas tiverem onde estudar, se as pessoas tiverem acesso à cultura, a violência vai cair".
No vídeo, o áudio de Lula é mostrado a cidadãos que, em seguida, fazem comentários a respeito. "Jamais ele poderia falar um negócio desse, né", diz um deles. Outra fala: "Eu acho o Lula um verdadeiro ladrão".
A coligação de Lula alega que a propaganda busca induzir os eleitores, por meio de apelo emocional, a acreditarem que Lula coaduna com a violência. Na representação, os advogados pedem que seja concedida resposta em até 2 dias, em período diurno e noturno.