A instabilidade do mercado internacional atinge nesta quinta-feira o câmbio doméstico e o dólar anulou a queda com que vinha operando desde a abertura, passando a exibir sinal de alta. A alta é atribuída ao fortalecimento da moeda norte-americana no exterior, onde o dia é de instabilidade.
Os mercados em todo o mundo dedicam o dia a assimilar as decisões de política em diversas partes do mundo, com destaque para Brasil, Estados Unidos e no Reino Unido. Em geral, os bancos centrais fizeram discursos duros, como forma de enfrentar a inflação resistente.
Para o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, a queda do dólar no início do dia estava bastante relacionada ao final do ciclo de aumento de juros no Brasil, que favorece a rolagem da dívida pública, entre outros fatores. No entanto, a volatilidade do exterior se impõe no mercado doméstico, à medida que investidores e analistas ainda buscam digerir as decisões de política monetária de ontem e hoje.
A economista Bruna Centeno, da Blue3, lembra que o dia é de ajustes em todos os mercados, o que naturalmente traz maior volatilidade aos negócios. Segundo ela, a manutenção da Selic ontem gerou um sentimento de maior segurança para os negócios, devido à maior previsibilidade do cenário.
Às 10h40, o dólar à vista era negociado a R$ 5,1808, em alta de 0,15%. No mercado futuro, o dólar para liquidação em outubro subia 0,13%, aos R$ 5,1900.
O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de divisas fortes, acelerou o ritmo de alta e subia 0,41%, aos 111,09 pontos.