No primeiro bloco do segundo debate entre presidenciáveis, a candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet, escolheu o presidente Jair Bolsonaro (PL) para que respondesse à primeira pergunta e acusou o chefe do Executivo de cortar verbas da merenda escolar para destinar ao orçamento secreto, esquema revelado pelo <b>Estadão</b>.
Em resposta, Bolsonaro afirmou que a acusação da candidata é inverídica e disse que Simone Tebet foi uma das parlamentares que ajudaram a derrubar o veto ao orçamento secreto. O presidente também acusou a senadora e sua vice, senadora Mara Gabrilli (PSDB), de usarem recursos do esquema.
"O orçamento é feito em quatro mãos: Executivo e Legislativo. Não é verdadeira sua acusação de cortar a merenda porque o orçamento não foi votado. A senhora votou para derrubar o meu veto ao orçamento secreto", respondeu Bolsonaro. Ele afirmou que a senadora, como parlamentar, terá a chance de "pegar" os recursos do mecanismo para redistribuir aos ministérios, entre eles o da Educação.
Ao ser perguntado por Simone Tebet sobre ofensas às mulheres, Bolsonaro negou e acusou a candidata de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chamado por ele de "ladrão". "Ofender as mulheres? Eu falo alguns palavrões, mas não sou ladrão. Não defendo por baixo dos panos outro candidato que já foi condenado, cumpriu cadeia e está se ausentando", respondeu.
O debate é realizado pela emissora SBT, em parceria com a CNN Brasil, <i>Veja</i>, <b>Estadão</b>, Nova Brasil FM e Terra.