As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, em uma sessão com maior busca por ativos de risco após as recentes quedas. A intervenção do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) reduziu as turbulências do mercado local, que vinham se espalhando para outras economias, enquanto dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deram algum alívio na intensidade na qual se espera um aperto monetário da autoridade. No caso do S&P 500, o movimento ajudou a interromper uma sequência de seis quedas consecutivas do índice.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,88%, aos 29.683,74 pontos, o S&P 500 subiu 1,97%, aos 3.719,04 pontos, e o Nasdaq avançou 2,05%, aos 11.051,64 pontos.
As ações dos Estados Unidos subiram depois que a intervenção do BoE interrompeu provisoriamente a liquidação do mercado de títulos, avalia Edward Moya, analista da Oanda. "O tema em Wall Street é aumentar os riscos de um pouso forçado no próximo ano", aponta ainda, enquanto ouvimos um coro do Fed confirmar principalmente a expectativa do mercado de que as taxas de juros subirão para 4,25%-4,50% até o final do ano do ano que vem. "Alguns traders estão cada vez mais confiantes de que estamos perto de ver o fim do ciclo de aperto do Fed, mas ainda é muito cedo para dizer", pondera.
Nesta quarta, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, disse esperar que o pico dos Fed Funds seja atingido já em março de 2023.
Como destaque, o grande estudo de Alzheimer da Biogen mostrou que seu tratamento experimental retardou drasticamente a progressão da doença. Moya lembra que ainda é muito cedo para dizer se esse tratamento removerá a placa que causa a doença ou retardará a progressão, mas este estudo de um grupo diversificado de 1.795 pessoas mostra que ele forneceu um benefício.
As ações da Biogen dispararam 40,27%, enquanto Eli Lilly (7,48%) usa uma abordagem semelhante e os preços de suas ações também subiram.
Por outro lado, a Apple caiu 1,27%, em dia que, segundo a <i>Bloomberg</i>, a empresa desistiu de planos de ampliar a produção dos novos iPhones neste ano, após um esperado salto na demanda não se concretizar. A companhia disse a fornecedores que cancelem esforços de aumentar a produção da nova linha do iPhone 14 em até 6 milhões de unidades neste segundo semestre, disseram fontes.