As bolsas de Nova York fecharam com fortes altas nesta terça-feira, 4, impulsionadas por perspectivas de que o aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode ter atingido seu pico. Analistas observaram sinalizações do mercado de trabalho que podem indicar que a maior parte da postura dura do Fed pode ter ficada para trás. Além disso, o Twitter foi destaque na sessão, subindo mais de 20%, em dia no qual o CEO da Tesla, Elon Musk, reafirmou a intenção de comprar a empresa nos termos previamente acordados.
O índice Dow Jones fechou em alta de 2,80%, aos 30.316,98 pontos, o S&P 500 subiu 3,06%, aos 3.791,05 pontos, e o Nasdaq avançou 3,34%, aos 11.176,41 pontos.
Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, Wall Street vê luz no fim do túnel de alta de juros do Fed e uma corrida para recuperar as ações está em andamento. "Os investidores estão cada vez mais confiantes de que o pico das taxas ocorreu na semana passada", afirma. Moya avalia que o mercado de trabalho está começando a perder seu aperto.
O relatório Jolts de agosto mostrou que as vagas de emprego registraram seu primeiro declínio significativo, o que pode ser o início dos pontos de dados necessários para o Fed mudar sua postura agressiva de aperto, aponta. Além disso, uma alta de juros menor que a esperada na Austrália alimentou a expectativa de que o fim do ciclo de fortes elevações nas taxas possa estar mais próximo também no Fed, afirmou.
Musk, protocolou nesta terça junto à comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) documento reafirmando sua proposta para a compra do Twitter. O acerto prevê o pagamento de US$ 54,20 por ação do Twitter. Os papéis da empresa tiveram negociação suspensa por duas vezes na sessão, e terminaram o dia com alta de 22,28%. Já a Tesla teve avanço de 2,90%.
Entre setores, petroleiras avançaram, seguindo a cotação internacional do barril. Chevron (+3,84%) e ExxonMobil (+3,64%) subiram. Empresas do setor de chips também tiveram ganhos, de olho em uma possível restrição americana às exportações para a China de semicondutores. Nvidia(+5,23%) e Intel (+2,71%) avançaram. Micron (4,33%) também subiu, contando ainda com notícias sobre investimentos de até US$ 100 bilhões em fabricação.