O Brasil sempre se caracterizou na história por ter grandes líberos. Desde a aposentadoria de Camila Brait da seleção, o técnico José Roberto Guimarães vinha fazendo um rodízio para encontrar uma substituta. Natinha ganhou a concorrência com Nyeme no Campeonato Mundial e se tornou uma grande arma defensiva na competição, na qual a seleção encara Porto Rico, às 11 horas, nesta quinta-feira.
Depois de ser vital para o Brasil desbancar a forte seleção italiana na rodada passada, a jogadora espera repetir as boas defesas e o passe preciso em duelo importante contra as porto-riquenhas, em Roterdã. O Brasil necessita do triunfo para seguir entre as quatro melhores que se garantirão nas quartas de final.
"Temos que estar ligadas porque ainda tem muito campeonato pela frente, não tem nada ganho e vamos precisar entrar em todo o jogo como se fosse uma final", diz Natinha, de 25 anos, em sua primeira disputa de Mundial. "Sabemos que vai ser um jogo difícil porque elas deram bastante trabalho para a maioria dos adversários. Vamos precisar ter muita atenção na parte tática, além de forçar o nosso saque", acredita.
Apesar de mostrar foco na partida desta quinta-feira, Natinha não consegue esquecer a bela apresentação diante da Itália, na qual o Brasil fechou com 17 a 15 no quinto set após emocionante batalha, sobretudo com a oposta Enogu.
"Estou muito feliz pelo o que a equipe conseguiu apresentar contra a Itália. Tivemos muita organização tática e a nossa energia foi incrível", afirma Natinha. "Todas estavam ligadas no que tínhamos que fazer a todo momento no jogo. A partida contra a Itália foi muito emocionante e a sensação de ter ajudado o time, ainda mais dentro de quadra, é algo que vou levar para toda a minha carreira", segue a titular da posição desde a segunda rodada do Mundial.
Assim como Natinha, Zé Roberto também engrandece a seleção de Porto Rico e prevê um grande desafio ao Brasil. "Porto Rico se classificou para essa fase e vamos precisar tomar muito cuidado. Algumas jogadoras jogam na Europa e é um time que tem muito volume de jogo", adverte. "Elas têm um sistema defensivo interessante e um saque agressivo. Não vamos poder nos descuidar em nenhum momento. Elas incomodaram a Itália e vamos precisar de muita atenção para buscar o melhor resultado possível. Todos os dias vamos jogar uma final."