Estadão

Bolsonaro aos gritos: Decisão de Alexandre foi crime; lugar de ladrão é cadeia

O Presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a aumentar o tom contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Aos gritos, durante coletiva no Palácio da Alvorada, o presidente afirmou que o Supremo está "o tempo todo usando a caneta para fazer maldade" e disse que a decisão de Moraes, que determinou a quebra do sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, seu ajudante de ordens, é um crime.

"É um crime o que esse cara faz, o que esse cara fez é um crime. O meu ajudante de ordem, em especial o Cid, é um cara de confiança meu", disse o chefe do Executivo. "Ele vê as contas particulares da primeira-dama e fala ó, movimentações atípicas . Alexandre de Moraes mostre o valor das movimentações, tenha caráter", continuou o presidente, afirmando que o ministro tenta desgastar sua candidatura.

"Deixar bem claro Alexandre de Moraes, a minha esposa não tem escritório de advocacia, mostre a verdade. Você está ajudando a enterrar o Brasil por questão pessoal, não sei qual, mas é pessoal", continuou, aos gritos, Bolsonaro.

<b>Lula</b>

Ainda aos gritos, Bolsonaro seguiu com acusações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem concorre no segundo turno. Em um discurso direcionando as pessoas aos lugares que pertencem, Bolsonaro disse, em referência ao petista, que "lugar de ladrão é na cadeia".

"Vamos colocar os militares no lugar deles. Vamos colocar pastores e padres em seus lugares. Se lugar de militar é quartel, e pastor é igreja, lugar de ladrão é na cadeia", disse, aos berros. "Será que é difícil entender isso que está acontecendo no Brasil?", questionou.

Exaltado, Bolsonaro afirmou que continuará falando o que pensa e não irá perder o que classificou de "originalidade". "Depois que acontecer não adianta chorar mais", disse.

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