O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, disse hoje que uma vitória sua nas eleições do próximo dia 30 é uma "necessidade para salvar o País". Ele associou os apoiadores do seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), à defesa da Ditadura Militar e da tortura.
"Eu vou me encontrar com muita gente que outrora não votava em mim e que agora está querendo votar, porque as pessoas veem na candidatura Lula-Alckmin a possibilidade de recuperar a democracia deste País", disse Lula, durante coletiva de imprensa em Campinas (SP).
As afirmações foram feitas em referência a um possível encontro com economistas que participaram da criação do Plano Real. Na quinta-feira, os economistas Pedro Malan, Pérsio Arida, Edmar Bacha e Armínio Fraga, que apoiaram Simone Tebet (MDB) no primeiro turno, declararam apoio à candidatura do petista agora.
Durante a fala, Lula disse que as figuras históricas que lutaram em defesa das Diretas Já estão ao seu lado no segundo turno, enquanto uma grande parte dos que eram "favoráveis à Ditadura e à tortura" apoiam Bolsonaro.
Após se encontrar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ontem, Lula disse que pode ir ao ar uma declaração do tucano em apoio à sua chapa. "Ele fez uma declaração, que falta só o Stuckinha Ricardo Stuckart, fotógrafo do petista publicar, pedindo voto para mim", afirmou.