O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), evitou se posicionar com relação a nova proposta aventada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) de aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de 11 para 16. Segundo o chefe do Executivo, a ideia seria discutida após as eleições, caso ele seja reeleito. Questionado, Lira desviou do tema. "Estamos perdendo uma oportunidade muito grande de discutir questões que são importantes para o País", disse.
Para o deputado, neste momento, candidatos deveriam estar discutindo temas como reformas e teto de gastos. "A gente vai perdendo tempo com versões que são colocadas, por um lado, por outro, por especulações da imprensa, e a gente tem que estar o tempo todo sendo vetor de apaziguamento", criticou.
O parlamentar disse, durante entrevista para o <i>UOL</i>, que, como presidente da Câmara, não poderia emitir opinião sobre o tema, pois "não há nada caminhando neste sentido para que este assunto esteja presente na discussão de um segundo turno".
"Esse não é o assunto do momento e não vamos transformá-lo nisso", continuou. Questionado se ele leva a Bolsonaro a opinião de que esta não é uma pauta, ele desviou. "Diariamente eu não converso nem com a minha esposa nem com os meus filhos", disse.
<b>Aliado</b>
Sobre sua relação com o presidente, Lira reclamou de ser colocado sempre como aliado de Bolsonaro. "Você nunca me viu com posicionamento político", disse, afirmando que evitou se posicionar enquanto esteve no comando da Casa legislativa. No entanto, na mesma fala, o deputado defendeu a reeleição de Bolsonaro. Segundo ele, um novo mandato de Bolsonaro seria melhor para o País. "O Congresso foi eleito em um recado claro. Um Congresso conservador de centro-direta", pontuou.