A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, inaugurou neste sábado o Centro Aquático para os Jogos Olímpicos. O local deveria ter sido inaugurado oficialmente em 22 de março, mas o evento foi postergado devido à pandemia de covid-19. Dias depois, veio a confirmação de que a Olimpíada seria adiada para 2021.
O Centro Aquático estava pronto desde o fim de março, mas só agora foi possível realizar a cerimônia de abertura do complexo esportivo, mesmo que sem a presença de público.
A arena tem capacidade para comportar até 15 mil espectadores. No entanto, ainda não está definido se torcedores terão permissão para entrar nas instalações durante os Jogos de Tóquio, remarcados para julho do próximo ano.
O evento contou com a presença de centenas de funcionários e teve um tom de esperança. Koike fez questão de enfatizar que o Centro Aquático, construído com um investimento de US$ 523 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões) vai beneficiar não só os atletas olímpicos, como também os moradores de Tóquio.
A cerimônia foi seguida por exibições de mergulho e natação de atletas japoneses, incluindo a nadadora Rikako Ikee, cuja luta contra a leucemia foi vista como um reflexo da própria tentativa dos Jogos de ressurgir. "Aconteceram coisas inesperadas, como o adiamento, mas precisamos realizar os Jogos com sucesso", disse a governadora Koike.
Todas as instalações olímpicas de Tóquio foram construídas ou reformadas de acordo com o cronograma para os Jogos, e teriam ficado prontas a tempo se o megaevento não tivesse sido adiado. O Comitê Organizador está concentrado em como organizar o maior evento esportivo do mundo em meio a uma pandemia.
O Japão relatou, desde o início do surto de covid-19, mais de 96 mil casos de coronavírus e 1.700 mortes. Apesar de alguns picos da doença, o país teve relativo sucesso na condução do combate ao vírus.
No momento, turistas de 159 países estão proibidos de entrar no Japão, mas nas normas vigentes para a Olimpíada, essa proibição deve ser derrubada.