A taça do mundo é nossa – pelo menos até domingo. Objeto de desejo das 32 seleções que estarão no Catar para a disputa da Copa do Mundo, a taça que será entregue ao campeão chegou ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira para ser exposta no Maracanã. Neste sábado, o troféu estará em exposição em São Paulo e, no domingo, será levado à Argentina.
Embaixador da Fifa e duas vezes campeão do mundo, o ex-lateral Cafu esteve no estádio e ergueu novamente a taça. "Erguer a taça traz aquela sensação de dever cumprido, de você venceu, de nós vencemos, de a taça é do Brasil, de essa taça é nossa", disse ele.
O capitão do Penta também falou sobre a expectativa que costuma recair sobre os jogadores a poucas semanas da divulgação oficial da lista de convocados. "A ansiedade acaba aparecendo, ainda mais em cima de atletas que estão com seus campeonatos em andamento. Muita gente preocupada com a questão da lesão. Nós tivemos um caso aí de um atleta nosso, o Richarlison, que se lesionou e de repente até não tem condições (de ir à Copa)", lembrou Cafu.
Richarlison sofreu uma lesão na panturrilha e a expectativa é de que retorne aos gramados no início do próximo mês, a tempo de ir ao Mundial. A comissão técnica da seleção e o médico Rodrigo Lasmar, no entanto, ainda irão avaliá-lo melhor no fim do mês.
RACISMO
Durante a apresentação da taça, Cafu foi indagado sobre o racismo no futebol. "O racismo é um fato de educação. Nós não temos que esperar a Fifa para resolver o problema do racismo no mundo. Somos nós, seres humanos. Nós que temos que tomar as atitudes. Nós não temos que esperar um jogo de futebol, uma competição oficial, esperar alguém combater algo que nós temos que combater", ponderou ele. "Se a Fifa fizer uma manifestação em relação a isso, se os atletas fizerem uma manifestação em relação a isso, ótimo. Mas a Copa do Mundo passa, ela vai durar só 30 dias."
Antes de erguer o troféu, Cafu fez questão de chamar o ex-jogador Zinho, hoje comentarista da ESPN, para segurar a taça com ele. Zinho foi colega de Cafu na seleção na campanha do tetracampeonato, em 1994.
O Tour da Taça está levando o troféu para todos os países que terão representantes no Catar, além de outros 19 mundo afora. A passagem costuma ser rápida e apenas um pequeno grupo tem acesso à ela, que é tratada como se fosse uma obra de arte. O deslocamento, aliás, é feito sob protocolos semelhantes àqueles dedicados a grandes autoridades, com o trânsito de vias interrompido e segurança reforçada. Foi assim nesta sexta até ela chegar para ficar poucas horas no Maracanã.
Representante da Coca-Cola, Silmara Olivio, que é head de relações corporativas da empresa para o Brasil e o Cone Sul, ressaltou que a presença da taça no País ajuda a conectar o torcedor. "A gente entende que o Brasil é relevante para várias áreas e setores, ainda mais para o futebol. Este é um momento para a gente se conectar com essa magia, com essa paixão", disse ela. Outro fator importante para a empresa é o comercial. "Nossa operação aqui é a quarta maior do mundo."
Em São Paulo, a taça ficará exposta na Coca-Cola Femsa. O acesso é restrito a convidados.