O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, Charles Evans, afirmou nesta sexta-feira que a instituição precisará subir juros ainda mais e manter isso "por algum tempo". De acordo com ele, o BC dos EUA está comprometido em trazer a inflação para a meta de 2%, e o caminho das altas de juros vai depender da evolução da economia.
"Vejo Fed Funds subindo para um pouco mais de 4,5% no início de 2023 e se mantendo assim por um tempo, à medida que avaliamos os impactos na economia", destacou ele no 16th Annual Community Bankers Symposium.
Evans comentou ainda que reduzir inflação à meta vai exigir um período de condições restritivas, mas que as projeções do BC americano não apontam para recessão econômica. "Inflação deve desacelerar significativamente em 2023, com os problemas na cadeia de suprimentos diminuindo", pondera.
Para o banqueiro central, os dados da economia americana, que serão analisados de forma a traçar os próximos passos do aperto monetários, estão mistos. "O mercado de trabalho, por exemplo, continua robusto, mas há sinais de que algumas das forças podem estar apagando", pontuou.