Estadão

Dólar recua com realização de olho em BCE após Copom sem supresas

O dólar opera em baixa no mercado local, após a decisão do Copom de manter a Selic em 13,75% ao ano, sem surpresas. Há pouco, o Banco Central Europeu (BCE) elevou taxas de juros em 75 pontos-base, como era esperado também, e os juros dos bônus europeus perdem força, enquanto euro bateu mínima intradia e a libra se desvaloriza frente o dólar desde cedo.

O mercado de câmbio local ajusta posições, após três dias de ganhos acumulados do dólar em 4,54% por incertezas eleitorais, que limitam o movimento de realização de lucros nesta manhã. Ontem, o dólar se aproximou dos níveis de fechamento vistos antes do primeiro turno da eleição presidencial, na casa de R$ 5,39, com aumento da tensão política.

O fluxo cambial está sendo monitorado, mas não há sinais ainda de entrada em ambiente de incerteza eleitoral, disse o diretor da corretora Correparti Jefferson Rugik. Com a Selic inalterada em 13,75% ao ano, o juro real brasileiro segue no topo do ranking de 40 economias, a 7,80% ao ano, segundo cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management.

Os agentes financeiros estão avaliando a taxa de desocupação no Brasil, que ficou em 8,7% no trimestre encerrado em setembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou em linha com a mediana (8,7%) das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 8,5% e 8,8%. Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,6%. No trimestre encerrado em agosto de 2022, a taxa de desocupação estava em 8,9%.

As atenções agora estão na divulgação da primeira leitura do resultado do PIB dos EUA do terceiro trimestre.

A economia dos EUA cresceu (1ª leitura) a ritmo anualizado de 2,6% no 3º tri de 2022, acima da previsão +2,4%. As encomendas de bens duráveis nos EUA subiram 0,4% em setembro ante agosto, menos qque a previsão: +0,7%.

Às 9h32, o dólar à vista caía 0,71%, a R$ 5,3439. O dólar novembro perdia 0,78%, a R$ 5,3470.

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