As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada nesta sexta-feira, 28, após grandes cidades da China retomarem lockdowns em meio a novos surtos de covid-19, mais uma vez ameaçando a perspectiva da segunda maior economia do mundo.
Liderando as perdas na Ásia, o índice Hang Seng sofreu queda de 3,66% em Hong Kong, a 14.863,06 pontos, seu menor nível desde abril de 2009. O Hang Seng, que foi pressionado nesta sexta por ações de tecnologia e do setor imobiliário, acumulou perdas de 8,3% ao longo da semana, no pior desempenho desde fevereiro de 2018.
Na China continental, o Xangai Composto caiu 2,25%, a 2.915,93 pontos, e o Shenzhen Composto recuou 3,40%, a 1.879,20, após a cidade de Wuhan, epicentro original da covid-19, e o centro manufatureiro de Guangzhou voltarem a endurecer restrições numa tentativa de conter casos de infecção da doença. A severa política de "covid zero" de Pequim tem contribuído para a forte desaceleração da economia chinesa.
Em outras partes da região asiática, o japonês Nikkei registrou baixa de 0,88% em Tóquio, a 27.105,20 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,89% em Seul, a 2.268,40 pontos, e o Taiex caiu 1,07% em Taiwan, a 12.788,42 pontos.
Como previsto, o Banco do Japão (BoJ) deixou sua política monetária ultra-acomodatícia inalterada nesta sexta, numa postura que contrasta com a de outros grandes bancos centrais, como o Federal Reserve dos EUA ou o Banco Central Europeu (BCE), que vêm elevando juros agressivamente para combater a disparada da inflação.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho hoje, interrompendo uma sequência de quatro pregões de ganhos. O S&P/ASX 200 caiu 0,87% em Sydney, a 6.785,70 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.