Estadão

PM de Brasília isola Esplanada para evitar ameaças de invasões

A Polícia Militar do Distrito Federal informou que isolou preventivamente a área da Esplanada e da Praça dos Três Poderes, devido a possíveis ameaças de caminhoneiros. "A Esplanada foi isolada preventivamente para evitar que caminhões invadam a região. A ideia é proteger os órgãos públicos e manter a ordem", informou a PM DF.

Manifestações em ao menos 16 Estados acontecem no País com caminhoneiros que protestam contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Líderes de caminhoneiros já declararam que a categoria não apoia as paralisações.

A Polícia Militar do Distrito Federal isolou preventivamente as vias de acesso ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). A PM também montou duas barricadas para bloquear o acesso dos manifestantes ao Congresso e STF. A primeira barreira foi posicionada em frente ao Ministério da Saúde e a segunda na altura do Itamaraty, já na proximidade do Congresso.

A Secretaria de Segurança do Distrito Federal também divulgou nota para explicar que ação da PM é de caráter preventivo. "A medida se deu após identificação de possível ato marcado para o local feito por redes sociais", diz a nota. "Após avaliação da equipe técnica de Segurança Pública, por questões preventivas de segurança, a Praça dos Três Poderes teve acesso restringido para veículos".

A área de segurança do governo local diz que está mantendo em constante monitoramento a Esplanada por meio das câmeras de segurança e também com trabalho de agentes de inteligência. Uma mensagem que circulava nas redes sociais convidava "patriotas" a irem protestar a partir de 17 horas na Esplanada. Mas o clima no fim da tarde desta segunda-feira ainda é pacífico. Um pequeno grupo de bolsonaristas se concentra nas imediações do Ministério do Trabalho e Previdência, onde buzinam com vuvuzelas aos motoristas que passam pelo local.

Aliados do presidente Jair Bolsonaro, como a deputada Carla Zambelli (PL-SP), usaram as redes sociais para incentivar o movimento de bloqueio nas estradas federais.

Pouco antes do comunicado da PM de Brasília, o presidente Jair Bolsonaro, derrotado no 2º turno das eleições, deixou o Palácio do Planalto e seguiu para a residência oficial, o Alvorada, sem fazer nenhum tipo de pronunciamento a respeito da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.

Pela manhã, Bolsonaro esteve no Planalto com o seu candidato a vice, Braga Netto. O presidente também recebeu os ministros Paulo Sergio (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretário-Geral da Presidência), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fabio Faria (Comunicações). Os membros do governo mais próximos de Bolsonaro já sinalizaram ao presidente que se manifeste sobre a vitória de Lula, para que o governo possa dar início efetivo à transição do governo.

Líderes dos caminhoneiros disseram que os protestos em rodovias do País que reúnem alguns motoristas apoiadores do presidente descontentes com o resultado das eleições não refletem demandas da maior parte da categoria. Os protestos incluem manifestantes que não são caminhoneiros, segundo os líderes. "Eu não vejo 100% da categoria. São pessoas que estão descontentes com o resultado das eleições. A gente está tentando levantar de onde está saindo o movimento", disse o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido com Chorão.

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