As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 7, na véspera da eleição de meio da mandato nos Estados Unidos. Na ocasião, é esperado que os democratas percam o controle do Congresso, o que pode limitar as ações do presidente Joe Biden até o final de seu mandato. O cenário é visto com algum otimismo por investidores, já que pode frear gastos fiscais, um dos grandes temores quanto ao atual governo, inclusive pelos impactos inflacionários. Neste ponto, a semana conta ainda com a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano de outubro na próxima quinta-feira.
No fechamento, o Dow Jones subiu 1,31%, aos 32.829,18 pontos, o S&P 500 ganhou 1,31%, aos 32.829,18 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,85%, aos 10.564,52 pontos.
Para Edward Moya, analista da Oanda, as ações subiram enquanto Wall Street aguarda as eleições de meio de mandato, que podem encerrar a onda azul de. "As eleições podem movimentar o mercado se virmos uma surpresa democrata ou se os republicanos dominarem", avalia. Pesquisa da PredictIt vê os republicanos com 90% de chance de reconquistarem a Câmara, enquanto a FiveThirtyEight estima 80%. Já no Senado, essas probabilidades são de 75% e 54%, respectivamente.
"O estado angustiante da economia e o baixo índice de aprovação de Biden devem proporcionar uma vitória esmagadora para os republicanos", diz o Rabobank, que prevê os democratas conquistando 75 cadeiras na Câmara e 11 no Senado. "Isso daria aos republicanos maiorias sólidas na Câmara e no Senado", avalia. Moya aponta que parece altamente provável que os republicanos ganhem uma das câmaras nesta semana. "Mesmo que os republicanos ganhem tanto na Câmara quanto no Senado, a reação otimista para ativos de risco pode durar pouco", pondera. Desta forma, a publicação do CPI deve ganhar maior relevância nos próximos dias, uma vez que provavelmente indicará os próximos passos do aperto monetário do Federal Reserve (Fed).
Enquanto isso, de acordo com o <i>Market Watch</i>, uma equipe de analistas de ações do Goldman Sachs cortou suas expectativas de crescimento dos lucros do S&P 500 até 2024, citando uma infinidade de ventos contrários que provavelmente continuarão a pesar nas margens de lucro das empresas. Se a economia dos EUA entrar em recessão, esperamos que lucro por ação no S&P 500 caia 11%", escreveram o estrategista de capital David Kostin Kostin e sua equipe.