A organização do Bafta, premiação britânica de filmes, foi criticada pela falta de diversidade nas indicações para os prêmios. O filme <i>Coringa</i> lidera as investigações. Em resposta às críticas, os representantes da premiação disseram que a ausência de pluralidade é reflexo de um problema na indústria cinematográfica.
Os escolhidos para os prêmios da Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (Bafta) foram anunciados nesta terça-feira, 7. Com apenas diretores homens e atores e atrizes brancos indicados, a hashtag #BaftaIsSoWhite surgiu no Twitter em meio a críticas à falta de diversidade na premiação.
"Nós gostaríamos que houvesse mais diversidade nas indicações, mas isso continua a ser um problema que afeta toda a indústria (cinematográfica)", disse Emma Baehr, uma das diretoras da premiação, em entrevista para a revista <i>Variety</i>. "Mas isso não deveria diminuir aqueles que foram indicados este ano", concluiu.
O chefe do comitê de filmes do Bafta, Marc Samuelson, também expressou sua indignação: "uma falta de diversidade enfurecedora a nas indicações para atores. É frustrante que a indústria não esteja se movendo tão rápido quanto todo o time do Bafta gostaria que estivesse".
<b>Indicações ao Bafta</b>
O longa <i>Coringa</i>, protagonizado por Joaquin Phoenix, lidera as indicações da premiação, concorrendo em 11 categorias. O ator ganhou o Globo de Ouro de melhor ator no último domingo, dia 5.
Além de <i>Coringa</i>, <i>O Irlandês</i>, filme de Martin Scorsese, e <i>Era uma Vez… em Hollywood</i>, de Quentin Tarantino, receberam dez indicações cada. O filme <i>Parasita</i>, de Bong Joon-hoo, foi indicado como melhor filme estrangeiro.
*Estagiário sob supervisão de Charlise Morais