Estadão

Bolsas da Ásia fecham em alta, após reunião entre Biden e Xi Jinping

As bolsas asiáticas terminaram o pregão desta terça-feira, 15, em alta, apoiadas pela percepção de que a reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua contraparte da China, Xi Jinping, serviu para aliviar as crescentes tensões entre as duas maiores potências globais. De olho em possíveis estímulos, ações do setor imobiliário chinês voltaram a saltar em Hong Kong, impulsionado a bolsa local. Os ganhos desta terça vieram apesar de dados que reforçaram a percepção de desaceleração da economia chinesa.

A bolsa de Xangai fechou em alta de 1,64%, a 3.134,08 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen composto subiu 2,05%, a 2.054,09 pontos.

Na segunda-feira, os presidentes de EUA e China se reuniram e adotaram tom conciliatório. Segundo divulgou a Casa Branca, Biden reforçou que os EUA não deixarão de competir com os chineses, mas sem desviar as iniciativas para um confronto. Já Xi afirmou que as tensões recentes não servem a nenhum dos dois países.

"Ações asiáticas tiveram um rali hoje, e isso parece ser devido ao otimismo geral após uma longa reunião entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping, na reunião do G20 ontem, que foi seguida por comentários levemente encorajadores sobre a cooperação diplomática", avalia o ING, em relatório.

O banco holandês, contudo, diz que ainda é cedo para ver a China como um driver chave para a recuperação do sentimento por risco, dados os desafios econômicos do país.

Na noite de segunda-feira, o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) chinês informou que as vendas no varejo caíram em outubro, resultado que contrariou a expectativa de analistas. Já a produção industrial cresceu um pouco acima do esperado, mas desacelerou ante a alta registrada em setembro.

A Pantheon diz que outubro deve marcar o ponto mais baixo da desaceleração da China, à medida que as políticas econômicas mudam no país, após uma pausa nos estímulos por conta do Congresso do Partido Comunista, que terminou em 22 de outubro.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 4,11%, a 18.343,12 pontos, novamente impulsionado por ações dos setores de tecnologia e imobiliário. Entre as techs, Alibaba e Tencent subiram 11%, enquanto a JD.com avançou 8,3%. Já o subíndice do setor imobiliário do Hang Seng teve alta acumulada de 4,4%. As ações de ambos os setores operam sob expectativas de estímulos do governo chinês e relaxamento das restrições contra a covid-19.

Em Tóquio, o Nikkei fechou com ganhos de 0,1%, a 27.990,17 pontos, mesmo após o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão ter contraído no terceiro trimestre ante o segundo. Por lá, ações do Stor financeiro lideraram, como o Sumitomo Mitsui Financial Group (+4,2%) e o Mitsubishi UFJ Financial Group (+2,7%).

Já o sul-coreano Kospi terminou o pregão com alta de 0,23%, a 2.480,33 pontos, e o Taiex, de Taiwan, subiu 2,62%, a 14.546,31 pontos.

<b>Oceania</b>

Contrariando o movimento das bolsas asiáticas, o australiano S&P/ASX 200 recuou 0,07%, a 7.141,60 pontos.

<i>*Com informações de Dow Jones Newswires</i>

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