O governo do Japão planeja criar sua própria reserva estratégica de gás natural liquefeito, com o intuito de evitar ser atingido por uma crise energética como a que atingiu a Europa este ano. Segundo o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do país, o governo planeja importar no mínimo 840 mil toneladas de GNL por ano através do programa. O Japão é considerado o maior importador de gás natural do mundo, tendo importado 74 milhões de toneladas apenas em 2021.
O esforço reflete a preocupação do governo japonês sobre possíveis cortes futuros nos embarques. Na Europa, os preços do gás natural atingiram seus níveis mais altos desde que a Rússia interrompeu grande parte de seu fornecimento por gasoduto após a invasão da Ucrânia. O Japão não tem enfrentado grandes problemas em relação a alta dos preços ou escassez, visto que a maior parte das suas compras é feita através de contratos de longo prazo. Por serem indexados aos preços do petróleo, eles não subiram tão rapidamente quanto os preços spot do GNL.
De acordo com a nova política, o Ministério da Economia pediria a alguns dos grandes importadores comerciais que trouxessem ao país cargas tampão extras a partir de dezembro de 2023. Em caso de emergência, o governo poderia ordenar ainda que esses importadores direcionassem o gás para locais com a maior necessidade, como empresas regionais menores de energia e gás.
Os embarques intermediários trariam cerca de 70 mil toneladas de GNL por mês, de acordo com o ministério. Inicialmente, o programa duraria até fevereiro de 2024, com possibilidade do governo garantir pelo menos 12 cargas desse tamanho para sua estratégia de proteção a cada ano.
Fonte: Dow Jones Newswires