Os mercados acionários europeus fecharam em alta nesta terça-feira, após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos vir abaixo do esperado pelo mercado e com dados de inflação da Alemanha de acordo com a previsão. Ainda, as expectativas pela decisão dos principais BCs também orientaram os negócios desta sessão.
Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,76%, a 7.502,89 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, avançou 1,42%, a 6.744,98 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 1,37%%, a 24.636,94 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,73%, a 8.318,80 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em alta de 1,34%, a 14.497,89 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 aumentou 0,39%, a 5.793,05 pontos. As cotações são preliminares.
Na esteira de Wall Street, os mercados europeus reagiram de forma positiva à publicação do CPI dos EUA, que avançou abaixo do esperado, aumentando o apetite por risco de investidores. No radar, também estão as próximas decisões do ritmo de aumento dos juros, tanto pelos BCs europeus, na quinta-feira, quanto pelo BC americano, na quarta.
Mais cedo, a agência de estatísticas da Alemanha publicou nesta terça que a taxa anual de inflação ao consumidor do país desacelerou a 10% em novembro, em linha com o esperado pelo mercado. Já o índice de expectativas econômicas do país avançou em dezembro, segundo o instituto ZEW. Na visão da Capital Economics, o dado indica que o sentimento "claramente" aponta para uma recessão.
Nesta terça, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) publicou seu relatório de estabilidade financeira, indicando que os bancos do Reino Unido são "fortes o suficiente" para apoiar empresas e famílias. Segundo o relatório, a alta de juros por parte dos bancos centrais em resposta ao aumento da inflação deve prosseguir.
Entre os destaques do pregão, está a empresa aérea Deutsche Lufthansa, que fechou em alta de mais de 3,5% após elevar sua projeção de lucro para 2022, após indicar que o ano seguiu com uma forte demanda por viagens aéreas.
Na contramão, a empresa Rolls-Royce registrou queda de mais de 2,5% na Bolsa de Londres após comentários negativos de analistas do JPMorgan sobre o desempenho do novo CEO da empresa, Tufan Erginbilgic, que, segundo a CMC Markets, deve delinear uma perspectiva mais fraca do que o esperado.