Estadão

Bolsas da Europa fecham em baixa, após aumento de juros do BCE e BoE

Os mercados acionários europeus fecharam em queda nesta quinta-feira, 15, após decisões de juros por parte do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e com discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde.

Em Londres, o FTSE 100, fechou em queda de 0,93%, a 7.426,17 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, caiu 3,09%, a 6.522,77 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 3,45%, a 23.726,05 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 1,64%, a 8.223,20 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em queda 3,28%, a 13.986,23 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,96%, a 5.731,90 pontos. As cotações são preliminares.

Nesta quinta, ambos os BC europeus decidiram aumentar a taxa de juros em 50 pontos-base (pb). Segundo análise do ING, apesar do BCE ter reduzido o ritmo de alta na zona do euro, a instituição ainda indicou uma postura agressiva, apesar de, na visão do banco holandês, ela ter pouco a contribuir com a redução da inflação.

Logo após a decisão do BC da zona do euro, a presidente Lagarde antecipou que a entidade deverá subir os juros na zona do euro em 50 pontos-base "por um período de tempo", destacando ainda que o juro terminal projetado pelos mercados para o atual ciclo de aperto não é suficiente para que a inflação volte à meta de 2%.

Segundo a CMC Markets, a fala da presidente acabou com o otimismo dos mercados no período anterior ao Natal. Para a análise, embora o aumento da taxa de 50 pb fosse amplamente esperado, as sugestões sobre juros não foram. "Ela não apenas delineou a perspectiva de pelo menos mais 100 pb de alta de juros entre agora e março, mas as previsões econômicas também foram sombrias".

Já o presidente do BoE, Andrew Bailey, disse a repórteres que a inflação no país começou a mostrar "sinais" de enfraquecimento recentemente. "Vimos possivelmente nesta semana, o primeiro vislumbre de que (a inflação) não está apenas começando a cair, mas está um pouco abaixo de onde pensávamos que estaria".

Ainda no radar de investidores, estão novos dados e análises da atividade da China, bem como previsões para a reabertura do país em relação à covid-19. Segundo a mesma análise da CMC Markets, a grande queda no varejo chinês resultaram em baixas de empresas como Burberry (mais de 2%) e Adidas (mais de 4,5%).

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