O "ciclone bomba" que atinge os EUA desde sexta-feira continua a causar uma forte tempestade de inverno no país, com nevascas, chuvas, inundações e muito frio na véspera de Natal. O Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) informou que temperaturas congelantes de -45 °C e -56 °C devem continuar hoje e até o final desta semana em algumas partes do país. Até o fechamento desta edição, 17 pessoas morreram por causa do frio.
Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS), mais de 240 milhões de pessoas – o que corresponde a 70% da população – já foram afetadas por alertas meteorológicos, com o pior ainda por vir na Costa Leste. Quedas de energia foram relatadas em 25 estados do país, de Norte a Sul, derrubando a eletricidade em mais de 1,4 milhão de residências e empresas devido ao mau tempo.
A tempestade de inverno que assola o país não tem precedentes devido ao seu tamanho, que vai dos Grandes Lagos, perto do Canadá, até o Rio Grande, ao longo da fronteira com o México. O NWS descreveu o fenômeno climático de inverno como "único em uma geração".
Em Nova York, foram registrados ventos com velocidade de até 110 km/h e enchentes. Em Boston, a maré alta e a chuva inundaram algumas ruas do centro da cidade. Até Nova Orleans, conhecida por temperaturas amenas, precisou abrir três centros de aquecimento para acolher moradores de rua.
Em Nashville, cerca de 55 mil clientes ficaram sem energia elétrica por causa da tempestade. Até mesmo a Flórida, considerado o Estado mais ensolarado do país, deve ter o Natal mais frio dos últimos 30 anos.
Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos, as temperaturas caíram drasticamente abaixo do normal na extensão do leste das Montanhas Rochosas até os Apalaches. Há risco "potencialmente fatal" para viajantes que ficarem presos na neve, e de queimaduras por causa do frio para quem ficar muitos minutos ao ar livre.
Ciclone bomba é o nome da tempestade que se intensifica rapidamente, com a pressão do ar caindo em um período de 24 horas. Eles são chamados assim por causa do poder explosivo causado pela rápida queda de pressão, e produzem um clima que varia de nevascas a fortes tempestades e precipitações. 9com agências internacionais).
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>