O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que Cristiano Ronaldo foi vítima de um "veto político" na Copa do Mundo do Catar, sendo preterido na seleção de Portugal por supostamente apoiar a Palestina. A declaração ocorreu no sábado, durante exibição de um programa de televisão da Turquia.
"Infelizmente, eles impuseram um veto político a ele", disse Erdogan, sem dar mais detalhes sobre a informação. "Mandar um jogador de futebol como Ronaldo para o campo faltando apenas 30 minutos para o final do jogo arruinou seu (lado) psicológico e drenou sua energia", completou.
Dono da Chuteira de Ouro de 2011 após marcar 40 gols na temporada, Cristiano vendeu o prêmio por 1,3 milhão de euros e doou todo o dinheiro arrecadado para a construção de escolas na Faixa de Gaza, devastada pela guerra entre Palestina e Israel. Em 2013, quando ganhou a Bola de Ouro da Fifa e foi escalado para o time do ano da Uefa, o português também doou as bonificações para fundação Make-A-Wish e para a Cruz Vermelha.
O atacante foi titular durante a fase de grupos do Mundial do Catar, mas diante da Coreia do Sul, último jogo antes do mata-mata, reclamou bastante ao ser substituído, deixando o campo dizendo que o técnico Fernando Santos estava "com pressa" de tirá-lo. Nas oitavas de final, contra a Suíça, e nas quartas, contra o Marrocos, ficou na reserva, sendo acionado somente no segundo tempo.
Erdogan disse ainda que recebeu informações de que Cristiano Ronaldo vai mesmo assinar com o Al Nassr. O clube da Arábia Saudita tem a expectativa de concluir a negociação após as festas de fim de ano. Segundo informações do jornal <i>Marca</i>, da Espanha, o jogador português acertou um contrato de dois anos e meio e integra a nova equipe a partir do dia 1º de janeiro de 2023. O valor da transação, que inclui também acréscimos econômicos por meio de patrocinadores, pode chegar à cifra de 200 milhões de euros (cerca de R$ 1,09 bilhão).
A chegada de Cristiano Ronaldo ao Catar já foi cercada por polêmica em função da sua crise de relacionamento com o Manchester United. O contrato com o clube inglês acabou rescindido em meio a disputa da Copa do Mundo após o atacante fazer duras críticas a diretoria do clube e chegou a dizer que não respeitava Erik Ten Hag. Ronaldo ainda afirmou que o clube não ofereceu o apoio necessário quando seu filho recém-nascido faleceu no começo do ano.