O mercado futuro de juros promove nesta quarta-feira, 4, sua terceira sessão consecutiva de aumento dos prêmios de risco na curva a termo. Mesmo com leve baixa do dólar e recuo dos juros dos Treasuries, os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) mostram alta das taxas, revelando que o investidor se posiciona para um cenário fiscal interno mais adverso.
Para Silvio Campos Neto, economista-chefe da Tendências, os investidores devem continuar na defensiva hoje, no aguardo de novas indicações sobre temas econômicos do novo governo. "Cabe observar se o alívio global será suficiente para conter a derrocada dos ativos", disse ele, que ainda considera que a tendência para os ativos domésticos é de piora, considerando o mau humor dos investidores com as primeiras medidas do novo governo. Lá fora, a expectativa do dia fica por conta da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve, às 16h.
Às 9h42, o DI para liquidação em janeiro de 2024 tinha taxa de 13,79%, ante 13,69% do ajuste de terça. O vencimento de janeiro de 2025 projetava 13,33%, contra 13,17% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2026 subia de 13,12% para 13,28%. Na ponta longa, o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 13,27%, contra 13,15% do ajuste da véspera.