O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em busca de um acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU) para conseguir reformar e equipar o Palácio da Alvorada por meio de um contrato emergencial – ou seja, sem a necessidade de licitação.
Uma licitação pública demora 90 dias e pode atrasar ainda mais a mudança de Lula e sua esposa, a socióloga Janja da Silva, para a residência oficial da Presidência da República.
De acordo com Lula, o Palácio da Alvorada foi desmontado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que levou colchões e sofás e deixou vidros quebrados. "Levaram tudo. Então, a gente vai fazer reparação", declarou o presidente em encontro com jornalistas.
Hoje, Lula e Janja estão hospedados em um hotel na região central de Brasília. "Um hotel não é o lugar adequado para se governar um país. Nunca antes na história um presidente da República não teve onde morar", defendeu o petista, que disse não querer morar na capital "como se fosse um clandestino".
Quando ganhou as eleições em 2002, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ofereceu a Lula a Granja do Torto, residência de campo da Presidência da República, para uma hospedagem temporária. Quem morou por lá no governo Bolsonaro foi o ex-ministro da Economia Paulo Guedes.
Lula visitou o local assim que foi desocupado, mas, segundo ele, a Granja também não está em condições de ser ocupada. "Precisa ser recuperada. Parece uma coisa abandonada, tem coisa deteriorada", declarou o presidente.