As contas do Governo Central registraram superávit primário em 2022, o primeiro resultado no azul desde 2013. No ano passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 54,086 bilhões, equivalentes a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
O saldo anual – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – foi o melhor desempenho desde 2013, quando houve superávit de R$ 72,159 bilhões. O resultado divulgado nesta sexta-feira, 27, sucedeu o déficit de R$ 35,068 bilhões de 2021.
O superávit do ano passado foi maior que a mediana das expectativas do mercado financeiro, de R$ 51 bilhões, de acordo com levantamento do <i>Projeções Broadcast</i>. O intervalo ia de R$ 46,900 bilhões a R$ 57,100 bilhões.
Em 2022, as receitas tiveram alta real de 9,7% em relação a 2021. Já as despesas subiram 2,1% no ano passado, já descontada a inflação.
A meta fiscal para 2022 admitia um déficit de até R$ 170,5 bilhões nas contas do Governo Central.
<b>Teto de gastos</b>
As despesas sujeitas ao teto de gastos subiram 12,5% em 2022 na comparação com o executado em 2021, segundo o Tesouro Nacional.
Pela regra do teto, o limite de crescimento das despesas do governo é a variação acumulada da inflação no ano anterior. Porém, como o governo não ocupou todo o limite previsto em anos anteriores, havia na prática uma margem para expansão de até 15,2%.
As despesas do Poder Executivo variaram 12,8% no período (a margem nesse caso era de 15,1%).