Apesar do pico da crise de saúde vivida em Manaus (AM), a popularidade do governo do presidente Jair Bolsonaro se manteve estável nas redes sociais, de acordo com pesquisa feita pelo Modalmais e AP Exata nesta semana. O levantamento indicou que 35,1% dos usuários avaliam o governo como bom ou ótimo. Outros 37% dos internautas acreditam que o governo é ruim ou péssimo e 27,9% o veem como regular.
Mesmo com a popularidade em estabilidade, as menções negativas ao presidente permaneceram altas, em especial na quinta-feira, 14, depois da repercussão da falta de cilindros de oxigênio em Manaus. A situação do Estado do Amazonas também intensificou as pressões pelo início de uma campanha de vacinação contra a covid-19.
Desde meados de dezembro, opositores do governo superam os apoiadores, um dos períodos mais longos desde o início do levantamento, em abril de 2020.
A pesquisa da consultoria AP Exata e do banco Modalmais utiliza dados abertos, de perfis públicos.
Na economia, o encerramento das fábricas da Ford no Brasil causou piora na percepção do cenário econômico nas redes. Os opositores culpam o governo pela falta de empenho na recuperação, enquanto liberais pedem reformas estruturais urgentes.
Por outro lado, a imagem do ministro Paulo Guedes também foi afetada depois do impasse envolvendo mudanças no Banco do Brasil.
Depois do anúncio do BB sobre o fechamento de agências e o desligamento de 5 mil funcionários, o presidente passou a considerar a demissão do presidente do banco, André Brandão.
A pesquisa indicou que perfis liberais e do mercado consideram que Bolsonaro está interferindo na atuação de Guedes para proteger a sua popularidade.