A inflação de combustíveis começou o ano pressionando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os combustíveis ficaram 0,68% mais caros em janeiro. Com isso, o grupo Transportes subiu 0,55% no IPCA, com impacto positivo de 0,11 ponto porcentual (p.p.) na variação agregada de 0,53% no índice cheio.
Segundo o IBGE, o encarecimento dos combustíveis foi puxado pelo aumento nos preços da gasolina (0,83%) e do etanol (0,72%). "Por outro lado, o óleo diesel (-1,40%) e o gás veicular (-0,85%) tiveram queda em janeiro", diz a nota divulgada pelo IBGE.
O subitem emplacamento e licença subiu 1,60%, porque incorporou pela primeira vez a fração mensal referente ao IPVA de 2023.
Segundo Pedro Kislanov, gerente do IPCA do IBGE, a elevação dos preços dos carros usados também contribuiu para o encarecimento desse item. Também subiram os preços do automóvel novo (0,83%).
Ainda no grupo Transportes, o IBGE destacou a alta de 0,91% dos ônibus urbanos, consequência dos reajustes de 6,17% no Rio de Janeiro (4,20%), válido desde 7 de janeiro, e de 7,04% em Vitória (4,61%), vigente desde 8 de janeiro.
"Também houve reajustes de táxi (3,03%) no Rio de Janeiro (7,74%), onde as tarifas subiram 8,88%, a partir de 1º de janeiro, e em Salvador (15,67%), com aumento de 16,74%, em vigor desde 30 de dezembro. Vale destacar ainda os reajustes em praças de pedágio (4,29%) de São Paulo (5,08%), Vitória (4,12%) e Curitiba (2,14%)", diz a nota divulgada pelo IBGE.
Na contramão, os preços dos transportes por aplicativo recuaram 17,03%, após subirem 10,67% em dezembro.