Os mercados acionários europeus fecharam a sexta-feira, 17, em queda, em pregão com alta volatilidade e seguindo perspectivas de altas mais agressivas nos juros pelos bancos centrais das principais economias. Ainda, as bolsas foram pressionadas pelo baixo rendimentos do setor de energia.
Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,10% a 8.004,36 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em baixa de 0,33%, a 15.482,00 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,25%, a 7.347,72 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 0,37%, a 27.751,14 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,01%, a 9.326,80 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,35%, a 6.022,54 pontos. As cotações são preliminares.
Na esteira de Wall Street, as bolsas europeias sentiram o peso do pessimismo em Nova York, com a possibilidade de altas mais agressivas nos juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Falando sobre as taxas básicas, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy, negou a possibilidade de corte de juros neste ano, segundo a <i>Reuters</i>.
Seguindo a fraqueza do petróleo, empresas de energia foram pressionadas nesta sexta, como a BP, caindo quase 1,5%, e a Shell, em queda de quase 2%, ambas em Londres. Em Paris, a TotalEnergies caiu mais de 2%, enquanto a Eni teve baixa de quase 2,5% em Milão. Já em Lisboa, a Galp Energia cedeu cerca de 2,5%.
Em segundo plano, está o varejo do Reino Unido. Apesar ter vindo um pouco acima do esperado pelo mercado em janeiro, a consultoria Capital Economics acredita que o ano ainda será de contrações e que os resultados não são o suficientes para fazer com que o país escape de uma possível recessão. Também ficou de lado a desaceleração do índice de preços ao produtor (PPI) na Alemanha.
Entre outras ações em destaque no pregão, os papéis da Air France-KLM saltaram quase 6% em Paris após a publicação de seu balanço do quarto trimestre de 2022, com receita recorde. Já os papéis do banco britânico NatWest despencaram mais de 6%, após seu balanço não agradar investidores.