O ex-presidente americano Jimmy Carter (1977-1981), de 98 anos, recebe cuidados paliativos em sua casa, onde passará o tempo que lhe resta de vida, informou neste sábado, 18, a fundação que leva seu nome. "Após uma série de breves internações no hospital, o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter decidiu hoje passar seu tempo restante em casa com sua família e receber cuidados paliativos em vez de mais intervenções médicas", disse o Centro Carter no Twitter.
Jason Carter, neto do casal que agora preside o conselho administrativo do Carter Center, disse neste sábado em um tuíte que "viu meus dois avós na quinta-feira (16)". "Eles estão em paz e, como sempre, sua casa está cheia de amor."
Carter foi o 39.º presidente dos Estados Unidos. Nascido em 1.º de outubro de 1924, em Plains, Georgia, o ex-tenente da Marinha foi senador e governador pelo seu Estado. Sua presidência é lembrada pelos acordos de Camp David, a crise dos reféns no Irã e pela criação dos departamentos de Energia e Educação. Ele deixou o cargo após ser derrotado por Ronald Regan, nas eleições de 1980.
O ex-presidente, o mais velho do EUA vivo após a morte de George Bush em dezembro de 2018 aos 94 anos, tem enfrentado inúmeros problemas de saúde nos últimos anos, entre eles um melanoma que se espalhou para fígado e cérebro.
Carter comemorou seu aniversário mais recente em outubro com a família e amigos em Plains, a pequena cidade onde ele e sua esposa, Rosalynn, nasceram nos anos entre a Primeira Guerra e a Grande Depressão.
Depois da derrota para Regan, ele fundou com sua mulher, em 1982, o Carter Center. Desde então, o ex-presidente faz uma defesa global da democracia, saúde pública e direitos humanos.
<b>Azarão que venceu eleição de 1976</b>
Democrata moderado, o jovem Carter subiu rapidamente do conselho escolar local para o Senado estadual e depois para o gabinete do governador da Geórgia. Ele começou a costurar sua candidatura à Casa Branca como um azarão. Sua campanha ganhou força em razão de sua promessa de não enganar o povo americano após o desastrado governo de Richard Nixon, que em 1974 renunciou para escapar do impeachment, e a derrota dos EUA no Vietnã. "Se eu mentir para você, se eu fizer uma declaração enganosa, não vote em mim. Eu não mereceria ser seu presidente", dizia Carter com frequência durante sua campanha em que venceu o republicano Gerald Ford. (Com agências internacionais).