Os mercados acionários europeus fecharam mistos nesta segunda-feira, 6, reagindo à previsão de crescimento da China menor que o esperado e de olho nos ganhos de Wall Street. Investidores também acompanharam dados do varejo local e falas de autoridades.
Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,22% a 7.929,79 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em alta de 0,49%, a 15.654,93 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,34%, a 7.373,21 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,45%, a 27.949,29 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,44%, a 9.506,30 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 caiu 0,43%, a 6.043,11 pontos. As cotações são preliminares.
Apesar do otimismo em grande parte das empresas, seguindo Wall Street, a fraqueza de Londres foi motivada por empresas de mineração, que reagiam à meta de crescimento da China menor que a esperada pelo mercado. Com isso, a Glencore teve queda de mais de 3,5%, a Antofagasta teve baixa de quase 1,5% e a Rio Tinto cedeu mais de 2,5%.
A perda de fôlego em Lisboa, entretanto, foi vista no setor de energia, com as empresas de energias EDP e EDP Renováveis em queda de quase 1,5% e de mais de 3,5%, respectivamente.
Entre ações europeias em destaque, a Telecom Italia teve alta de mais de 3%, seguindo o informe da empresa de que teria recebido mais uma oferta por seus negócios. O Credit Suisse, por sua vez, caiu mais de 1% na Bolsa de Zurique, com relatos de que a Harris Associates teria vendido toda a sua participação no banco suíço.
Investidores também acompanharam pronunciamentos de uma série de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE). O presidente do BC português, Mario Centeno, afirmou nesta segunda que é preciso ter paciência para avaliar os efeitos das taxas de juros, defendendo que a inflação está desacelerando. O presidente do BC austríaco, Robert Holzmann, defendeu altas de 50 pontos-base (pb) nas quatro próximas reuniões do BC europeu, enquanto a presidente da instituição, Christine Lagarde, deu segurança de uma alta nessa faixa no encontro de março.
Na agenda de indicadores, as vendas do varejo na zona do euro, que subiu menos que o esperado em janeiro ante dezembro de 2022. A alta, segundo a Oxford Economics, não deverá compensar a tendência de baixo consumo do começo de 2023.