Estadão

Dólar cai em meio à alta de minério e espera de arcabouço fiscal

O dólar opera em baixa ante o real nos primeiros negócios desta quarta-feira, 8, ecoando expectativas com o anúncio do arcabouço fiscal nos próximos dias e em meio à elevação do minério de ferro na China. Em dia de agenda esvaziada por aqui, os mercados locais devem se orientar pelo noticiário internacional.

Ontem, o dólar subiu em meio ao estresse externo, especialmente após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, indicar aperto monetário mais forte nos Estados Unidos.

Mas os ajustes intradia do dólar são limitados pela valorização persistente do índice DXY e do dólar ante várias divisas emergentes no exterior, além dos retornos dos Treasuries.

Os investidores aguardam dados de emprego americanos da ADP no setor privado (10h15) e do relatório Jolts (12h), além do segundo dia de comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na Câmara de Representantes americana.

Durante discurso no Senado, ontem, Powell ressaltou que "futuros dados" dos EUA serão muito importantes durante a próxima decisão monetária, em 22 de março. Powell afirmou que o ritmo de aumento nas taxas pode ser intensificado, caso os dados econômicos assim justifiquem. Isso eleva expectativas também, principalmente pelo relatório oficial de empregos de fevereiro, o payroll, na sexta-feira. Crescem ainda as apostas em alta de 50 PB dos juros em 22 de março, que se tornaram majoritária desde ontem.

Às 9h33, o dólar à vista caía 0,21%, a R$ 5,1815. O dólar futuro para abril recuava 0,25%, a R$ 5,2070. O índice DXY do dólar ante seis moedas principais tinha viés de alta de 0,0-6%, aos 105,68 pontos. Ante divisas emergentes, o dólar avançava ante peso chileno (+0,06%) e caía ante peso mexicano (-0,38%).

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