"Treme, treme, treme." O refrão da canção Jamburana não só tornou Dona Onete famosa dentro e fora do Brasil, mas ajudou a divulgar a cultura do Pará, onde nasceu. O carimbó chamegado, ritmo dançante que ela mesma criou e que nunca mais saiu de cena.
<b>OCUPAÇÃO</b>
Nada mais justo que ela seja homenageada com a <i>Ocupação Dona Onete</i>, que começa na quarta, 15, no Itaú Cultural, com 120 peças que contam a vida e a carreira da cantora e compositora que em junho completa 84 anos.
Galiana Brasil, gerente dos Núcleos de Artes Cênicas, Música e Literatura do Itaú Cultural, afirma que Dona Onete simboliza a diversidade de valores e forças com as quais o brasileiro precisa se conectar. "Ela é sonoridade, território e visualidade de uma região que tanto nos impacta quanto nos ensina", diz. Para representar tudo isso, além de fotografias, estão cenários que remetem a lugares da vida de Dona Onete, como o Mercado Ver-o-Peso, de Belém, e elementos de sua religiosidade.
A ocupação mostra também a vida de Ionete da Silveira Gama, nome de batismo de Dona Onete, antes da fama – que começou tardia, depois dos 60 anos. Na exposição estão registros dela como professora, profissão que ela começou a exercer aos 16 anos.
A Ocupação Dona Onete traz experiências táteis e audiodescritivas pensadas para acessibilidade do público cego e/ou com baixa visão. l
Abre 4ª (15). 3ª a sáb., 11h/20h; dom., 11h/19h. Itaú Cultural. Av. Paulista, 149, Metrô Brigadeiro. Gratuito. Até 18/6. bit.ly/donaonetemostra
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>