O Conselho da Fifa aprovou, nesta terça-feira, o formato que será utilizado na Copa do Mundo de 2026, que terá Estados Unidos, México e Canadá como países-sede. Assim como a imprensa americana já havia adiantado, a primeira fase do Mundial será dividida em 12 grupos de quatro seleções. Com isso, o evento o total de 104 partidas, 24 a mais do que previa o formato sugerido anteriormente, no qual as seleções seriam divididas em 16 grupos de três.
Em comunicado, a entidade afirmou que a decisão de alterar a forma de disputa foi tomada após "uma análise minuciosa que considerou a integridade esportiva, o bem-estar dos jogadores, as viagens das seleções, a atratividade comercial e esportiva, bem como a experiência do time e do torcedor"
A Fifa colocou em prática um dos principais objetivos da atual gestão ao aumentar o número de seleções de 32 para 48, o que foi oficializado no ano passado, mas havia dúvidas sobre o formato ideal para comportar mais equipes.
A ideia inicial era começar a disputa dentro de um esquema com 16 grupos de três seleções. Os dois primeiros de cada chave avançariam para a segunda fase, anterior às oitavas de final. Apesar da fase adicional, como cada time jogaria apenas duas partidas na fase de grupos, seria mantido o máximo de sete partidas para as nações que chegassem mais longe, assim como nas edições anteriores.
No modelo com 12 de grupos de quatro, serão três partidas na primeira fase e a etapa seguinte, com 32 seleções, será mantida. Por isso, tanto o campeão e o vice-campeão quanto os times que disputarem o terceiro lugar farão um total de oito jogos.
A reformulação veio após a Fifa identificar problemas do primeiro formato sugerido. O principal deles é a possibilidade de combinação de resultados entre os dois times em campo, já que, dentro de um grupo de três seleções, uma delas sempre estará descansando. Também é avaliada negativamente a eliminação após apenas duas partidas.
"O formato revisado mitiga o risco de conluio e garante que todas as equipes joguem um mínimo de três partidas, proporcionando tempo de descanso equilibrado entre equipes concorrentes", afirmou a Fifa em comunicado.
Principal entusiasta das modificações na Copa do Mundo, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, continuará no comando por mais um mandato. As eleições da entidade serão nesta semana, mas ele será reeleito, uma vez que sua candidatura é a única. Infantino já havia tentado, sem sucesso, implementar outras alterações, como realizar um Mundial a cada dois anos.