Samira Alves Gülü, mãe de três crianças (Sofia, de sete anos, Ali [5] e Sara [2]), vivenciou momentos terríveis durante o terremoto que dizimou milhares de vidas na Turquia e Síria no último dia 6 de fevereiro. Ela, que morava desde 2017 na província de Hatay, no sul da Turquia, perdeu literalmente todos os bens materiais. Felizmente a família saiu ilesa da tragédia.
Brasileira e já tendo morado em Guarulhos, ela conseguiu ser repatriada com os três filhos e está morando na casa da falecida mãe no Jardim Lenize, um imóvel antigo e sem qualquer infraestrutura. Samira está totalmente descapitalizada, uma vez que a família tinha investido tudo na compra de um apartamento em Hatay, que foi destruído. Já seu marido, Mehmet Gülü, ficou na Turquia para cuidar dos pais idosos e em função do terremoto os empregos também desmoronaram e ele não está em condições de suprir as necessidades da família que está aqui.
“Realmente vivemos momentos terríveis, inclusive relatava nossa aflição em meu Instagram (@samytuca). Com a destruição de nosso apartamento mudamos para a casa de meus sogros, mas eles também tinham perdido sua residência. A alternativa foi voltar e conseguimos isso na Capital (Ancara). Ao chegar aqui com as crianças, há pouco mais de dez dias, precisava muito de ajuda e felizmente encontrei apoio no Fundo Social”, explicou Samyra.
Ao chegar a Guarulhos ela foi encaminhada por uma parente ao Fundo Social de Solidariedade para pedir apoio neste momento tão difícil. Ao chegar lá, para a sua surpresa, ela foi atendida pela presidente do órgão, Elen Farias, que a recebeu com muita atenção e carinho e ainda doou gêneros alimentícios, kits de limpeza e de higiene pessoal, além de brinquedos para as crianças. “É muito bom estar de volta ao Brasil, à Guarulhos de que tanto gosto. Estou recomeçando a minha vida e esse apoio inicial me dá muita esperança. A solidariedade que encontramos aqui tem sido fundamental. Gostaria de agradecer muito a todos”, finalizou Samira.
Além das doações, o Fundo Social deu orientações para que ela se cadastrasse nos programas sociais existentes na cidade a fim de atenuar seus problemas. “Esse é um trabalho que não tem como mensurar. Nós estamos aqui para atender quem mais precisa. É nossa missão”, resumiu Elen Farias.