Estadão

Bolsas da Europa fecham em alta, com aposta de BCE dovish e apoio a Credit Suisse

As bolsas da Europa fecharam nesta quinta-feira, 16, em alta, seguindo as interpretações do mercado de que o BC europeu poderá ser mais brando na próxima decisão de política monetária, após a alta de juros de hoje. Também ajudaram os negócios a fala da presidente do BCE, Christine Lagarde, de que não há crise de liquidez nas instituições bancárias, e a notícia de que o Credit Suisse aceitou ajuda do BC da Suíça, após turbulência ontem.

Em Londres, o FTSE 100, fechou em alta de 0,89%, em 7.410,03 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou com ganho de 1,57%%, a 14.967,10 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 2,03%, a 7.025,72 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 1,38%, em 25.918,76 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 1,50%, a 8.890,20 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,91%, a 5.865,99 pontos.

O mercados europeus chegaram a perder fôlego após a decisão do BCE de aumentar os juros em meio ponto porcentual, como havia sido previamente indicado. Entretanto, os índices aceleraram as altas durante a coletiva de Lagarde, que sinalizou que não há uma crise de liquidez nos bancos europeus, mas que o BCE estará pronto para agir, se necessário. A presidente também reafirmou o compromisso de manter a estabilidade dos preços na zona do euro.

Segundo o banco holandês ING, a expectativa é que o BCE adote uma postura mais "dovish" nos próximos meses, visto que ainda há um temor de que haja alguma nova turbulência, como a observada ontem pelo Credit Suisse. Ontem à noite, o banco suíço aceitar tomar ajuda financeira do Banco Central da Suíça, o que também ajudou a dar força aos mercados. As ações do Credit Suisse dispararam mais de 19%, em reação à notícia.

Outros bancos europeus também se fortaleceram hoje, como o Lloyds Banking, que subiu mais de 3%, em Londres, e o BNP Paribas, que teve alta de mais de 1%, em Paris.

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