A (Mar do Leste), disseram as autoridades militares sul-coreanas e japonesas.
Os chefes do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) detectaram o novo teste de Pyongyang, que vem depois de o Norte ter lançado na quinta-feira, 16, um novo tipo de míssil balístico intercontinental (ICBM), que o regime diz ter o maior alcance potencial no seu arsenal.
O Ministério da Defesa do Japão também detectou o lançamento e disse que o míssil aterrou cerca de 15 minutos mais tarde em águas fora da sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
Os militares sul-coreanos disseram numa declaração que o lançamento teve lugar a partir da zona Tonchang-ri e viajou cerca de 800 quilómetros antes de cair no mar, enquanto o ministério da defesa japonês disse que o míssil atingiu uma altura máxima de 50km e pode ter voado numa trajetória irregular.
O JCS "continua a realizar uma análise aprofundada dos detalhes do lançamento" com os EUA, disse a declaração, acrescentando que os aliados continuarão os seus exercícios militares de "alta intensidade", uma vez que mantêm a sua prontidão para responder "esmagadoramente" às provocações do Norte.
Os EUA e a Coreia do Sul intensificaram a cooperação em matéria de segurança em frente a uma crescente ameaça militar e nuclear vinda do Norte, que nos últimos meses tem conduzido numerosos testes de armas ilegais.
Os exercícios militares conjuntos entre Washington e Seul, apelidados de Freedom Shield, começaram na segunda-feira, 13, e irão decorrer durante 11 dias. São os exercícios conjuntos mais extensos em cinco anos entre os dois países aliados.
O vice-ministro da defesa japonês, Toshiro Ino, disse que os contínuos testes de armas do norte "são totalmente inaceitáveis e representam uma ameaça à paz e segurança do Japão, da região e da comunidade internacional".
A Coreia do Norte lançou mais dois mísseis balísticos de curto alcance no Mar do Japão na terça-feira, 14, um dia depois de Seul e Washington terem iniciado manobras.
O lançamento é visto como mais uma retaliação por Pyongyang às manobras conjuntas levadas a cabo por Seul e Washington no sul da península, que o Norte vê como um "ensaio para invadir o seu território" e ao qual prometeu dar "uma resposta sem precedentes".
O míssil intercontinental testado na passada quinta-feira, 16, caiu a cerca de 250 km da ilha de Oshima, que fica a sudoeste da ilha japonesa de Hokkaido, e era um Hwasong-17, de acordo com o regime.
O teste norte-coreano veio horas antes do Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, viajar para Tóquio para se encontrar com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida na primeira reunião deste tipo em 12 anos, durante a qual os dois líderes se comprometeram a reforçar a cooperação bilateral em matéria de segurança e a manter-se com os EUA contra Pyongyang. (Com agências internacionais)