Na esteira dos efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) acumulou baixa de 6,28% no primeiro semestre de 2020, informou nesta sexta-feira, 14, o Banco Central. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais.
Pela mesma série, o IBC-Br apresenta baixa de 2,55% nos 12 meses encerrados em junho.
Os efeitos da covid-19 sobre a economia, apesar de percebidos em fevereiro, se intensificaram em todo o mundo a partir de março.
Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril. Nos últimos dois meses, porém, o IBC-Br já demonstrou reação.
Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de retração de 6,4%. Este cálculo foi divulgado por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.
No Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC na última segunda-feira, a projeção é de queda de 5,62% do PIB em 2020. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.