Estadão

EUA vão acelerar envio à Ucrânia dos poderosos tanques blindados Abrams

Em uma mudança de política significativa, o Pentágono afirmou que enviará tanques M1 Abrams para a Ucrânia no segundo semestre, após enfrentar críticas de parlamentares por dizer que levaria um ou dois anos para obter as armas e levá-las ao campo de batalha.

O novo plano prevê a reforma dos tanques que já estão no arsenal dos EUA. O presidente americano, Joe Biden, sob pressão cada vez maior das autoridades ucranianas, concordou em janeiro em enviar 31 tanques M1 Abrams como parte de um acordo de longo prazo que convenceu a Alemanha a aprovar o fornecimento imediato de tanques Leopard.

O general Patrick Ryder, um porta-voz do Pentágono, disse que, quando os EUA prometeram fornecer o Abrams à Ucrânia, a intenção era entregar sua variante mais avançada, o M1A2. Mas o governo decidiu reformar variantes M1A1 mais antigas, permitindo o envio acelerado.

Ambas as versões do tanque possuem um canhão de 120 mm e metralhadoras, enquanto o M1A2 também inclui controles digitais, sensores aprimorados e um visualizador térmico para o comandante do tanque.

<b>Potência</b>

O tanque M1 Abrams, usado pela primeira vez na Guerra do Golfo, está entre as armas terrestres mais poderosas do arsenal dos EUA, capaz de se aproximar de tanques inimigos, posições de tropas e outros alvos, explodi-los com seus canhões e metralhadoras. A blindagem reforçada e pesada do tanque protege o veículo e sua tripulação de quatro pessoas contra tiros de armas leves, fragmentos de projéteis e até mesmo alguns impactos diretos. Pode passar por águas de até 1,3 metro de profundidade.

<b>China</b>

O anúncio do Pentágono ocorreu em meio à visita a Moscou do presidente chinês, Xi Jinping, que prometeu aprofundar a cooperação econômica e militar com a Rússia. A reunião entre Xi e Vladimir Putin alimentou a preocupação nos EUA e na Europa de que Pequim enviasse armas à Rússia, cujas Forças Armadas continuam sofrendo perdas em massa na Ucrânia. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que não viu nenhuma prova de que a China está entregando armas à Rússia, mas disse que há sinais de que Putin as solicitou e Xi está considerando fazê-lo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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