O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve sua avaliação de que o processo de desinflação global é "desafiador" e possivelmente ocorrerá de forma mais lenta do que usualmente observado. Na ata da reunião da semana passada divulgada nesta terça-feira, 28, o colegiado enfatizou que a inflação está disseminada no segmento de serviços e que o quadro geral requer atenção aos indicadores de inflação subjacente.
"Nesse contexto, a redução das pressões inflacionárias continua a requerer o compromisso e a determinação dos bancos centrais com o controle da inflação, através de um aperto de condições financeiras mais prolongado", enfatizaram os integrantes do Copom. Eles comentaram que essa determinação, ainda que com possível impacto sobre preços de ativos no curto prazo, contribui para um processo desinflacionário global "mais crível e duradouro".
<b>Sistema bancário</b>
A ata lembrou que desde a reunião do Copom anterior, houve a liquidação de alguns bancos regionais nos Estados Unidos e a fusão de dois bancos suíços de grande porte e que isso gerou um aumento das preocupações em torno do sistema bancário nas economias centrais. "O Comitê seguirá acompanhando de forma atenta essa situação, analisando os possíveis canais de contágio, mas avalia que o impacto direto sobre os sistemas financeiros doméstico e de outros países emergentes é, até o momento, limitado, sem mudanças na estabilidade ou na eficiência desses sistemas financeiros."