Os inadmissíveis atos racistas que assombram o mundo da bola com rivais desrespeitando oponentes pela cor de pele, nacionalidade ou credo ganhou um desprezível capítulo no futebol da Costa Rica. O técnico Jeaustin Campos chamou um comandado de "negro bastardo e negro de m…" O Deportivo Saprissa, assim que soube do caso, demitiu o treinador na hora e ainda abriu investigação contra um dirigente que não teria dado a devida importância ao caso.
O clube costa-riquenho agiu de imediato e prometeu auxílio total para Javon East, o jogador ofendido. Psicólogos estão trabalhando para que ele volte a exercer sua função sem danos. O treinador, contudo, negou as ofensas e promete processar o clube por "dispensa injustificada."
"O Deportivo Saprissa comunica que, após reunião de nossa Junta Esportiva, tomou a decisão de dispensar imediatamente de seus serviços o nosso treinador, o senhor Jeaustin Campos. Paralelamente, continuamos o processo de investigação interna com respeito à atuação do senhor Ángel Catalina na abordagem deste tema", afirmou o clube em comunicado oficial, revelando que também avalia a atuação do gerente de futebol no caso.
O jogador comunicou os insultos ao profissional, que não tomou uma atitude contra o treinador. Então, levou as queixas para o Sindicato de Atletas Profissionais da Costa Rica.
"As atitudes do Sr. Campos não são toleradas pelo clube nem representam os valores do Deportivo Saprissa", garantiu. Assim mesmo, a instituição se colocou à disposição do sindicato e de órgãos que lutam contra o racismo no país.
"O Deportivo Saprissa lamenta profundamente o que o jogador teve de atravessar e se compromete a redobrar esforços para que uma situação como esta não se repita dentro do clube", disse. "A instituição crê firmemente que o futebol é uma ferramenta de respeito e inclusão da diversidade racial e cultural e rechaça todo tipo de expressões e comportamentos racistas, tanto no âmbito profissional como pessoal de seus integrantes."