Projeções da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) apontam que, para além dos 300 mil bares e restaurantes que fecharam as portas de março para cá, pelo menos outros 35 mil devem encerrar as atividades até o fim de 2020.
Boa parte dessa quebradeira deve acontecer na cidade de São Paulo, a que mais sofre com a queda na demanda corporativa, afetada pelos programas de home office.
"Em todo o Brasil, 53% dos bares e restaurantes estão no prejuízo. Na cidade de São Paulo, o número é maior, são 66% deles no vermelho", afirma Paulo Solmucci, que preside a instituição.
Ainda segundo o levantamento da Abrasel, 71% das empresas do setor, em São Paulo, faturam menos da metade do que na mesma época de 2019. Uma situação que deve se manter ainda por um longo período.
"São Paulo tem sofrido mais com a redução do mercado corporativo, aqueles restaurantes que atendem os trabalhadores, hoje em home office, e com a paralisação dos grandes eventos, que ainda não retomaram", afirma a especialista Simone Galante, da consultoria Galunion. "Há um problema geográfico hoje enfrentado pelo empresários. Uma de nossas pesquisas apontou que, para 41% dos donos de restaurantes da cidade, o negócio fica em um local onde o movimento de público ainda não voltou." As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>