A China afirmou que respeita a soberania das ex-repúblicas soviéticas, após uma fala de embaixador de Pequim na França que pareceu questionar o status destes Estados sob a lei internacional. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, afirmou nesta segunda-feira, 24, que não houve mudança na posição de Pequim depois que três países bálticos – Letônia, Lituânia e Estônia – disseram que convocariam autoridades chinesas devido aos comentários do embaixador, que sugeriam que as ex-repúblicas soviéticas não eram legítimas.
"Alguns meios de comunicação deturparam a posição da China sobre a questão da Ucrânia para semear a discórdia entre a China e os países relevantes", disse Mao a repórteres em uma coletiva de imprensa nesta segunda.
A fala do embaixador chinês Lu Shaye foi veiculada pela imprensa francesa na sexta-feira (21). "Mesmo esses países da ex-União Soviética não têm status efetivo, como dizemos, sob o direito internacional porque não há acordo internacional para concretizar seu status de país soberano", disse na ocasião, respondendo uma pergunta sobre se ele considerava o península da Crimeia, que foi anexada pela Rússia em 2014, parte da Ucrânia sob o direito internacional. Fonte: Dow Jones Newswires.